Crucial para construir um futuro sustentável e alcançar um desenvolvimento de longo prazo que beneficie a sociedade como um todo, a infraestrutura depende, fundamentalmente, de investimentos públicos e privados. Sem uma sintonia entre o público e o privado, não haverá condições de avançar ao nível de exigências de uma agenda, que também comporta as áreas regulatórias, os marcos legais e as formas de financiamento, entre outros aspectos.
Todavia, nada disso é atingível se o setor não contar com empresas especializadas para projetar e executar rodovias e obras de arte seguras e eficientes. Ao projetar uma rodovia para lidar com o aumento do tráfego, há várias considerações que devem ser feitas. Trata-se de um caminho complexo, que exige amplo conhecimento e capacidade de resolver eventuais gargalos durante as obras, além da capacidade de escolher os materiais certos e garantir as medidas de segurança que tendam aos regulamentos aplicáveis. Soma-se a isso um amplo planejamento e coordenação entre as várias partes interessadas, incluindo as empresas de construção pesada, os órgãos ambientais e o departamento contratante.
No Rio Grande do Sul, à medida ue o poder público amplia os nvestimentos em infraestrutura, a opulação ganha melhorias em sua ualidade de vida, na mobilidade rbana, no saneamento, no transporte, a drenagem para conter alagamentos, entre outros. Mas, para que isso se efetive, é preciso contar com empresas que se comprometam a entregar as obras de uma forma segura e em consonância com o que foi projetado.
Um atestado com o compromisso do setor da construção pesada de contribuir para a infraestrutura do Rio Grande do Sul foi a resposta à série de investimentos do Executivo estadual na gestão passada, nos anos de 2021 e 2022, que fez parte do Plano de Obras. Mesmo diante de uma incessante demanda, as empresas do setor deram a resposta que o governo esperava, concluindo as obras no prazo estabelecido, apesar de ainda enfraquecidas, face os desajustes na oferta e precificação de insumos provocados pela pandemia da Covid-19.
Graças a esse desempenho, foi possível fazer o Estado avançar nos acessos municipais, nas ligações regionais, encurtando distâncias e melhorando a logística, gerando novas oportunidades. Mais recentemente, a construção pesada gaúcha deu outro exemplo de agilidade e eficiência ao conceder ao RS o feito de alcançar a melhor resposta às obras dos 100 dias do novo governo federal, rigorosamente nos prazos estabelecidos. Merece destaque o avanço das obras da BR-116 – Guaíba-Pelotas–, que deverá ser concluída até o final do próximo ano, com a marca de empresas que fazem parte do SICEPOT-RS.
Empenhado na qualificação da infraestrutura de transportes e na redução dos custos logísticos do Estado, a construção pesada gaúcha, certamente, deverá honrar a sua história no momento em que o processo de privatização da Corsan for concluído. Em 10 anos, pelo menos R$ 10 bilhões serão aplicados pelo novo controlador no saneamento básico, o que exigirá do setor o compromisso de levar água tratada e o esgotamento sanitário coletado e tratado a 100% da população gaúcha, trazendo melhorias na qualidade de vida, benefícios sociais e sanitários.
Rafael Sacchi - Presidente do SICEPOT-RS
Editorial Publicado na Revista Infra-RS - edição 3 de 2023.