SERGS REALIZA EVENTO PARA TRATAR DE DESEQUILÍBRIOS CONTRATUAIS E REFLEXOS DA GUERRA E PANDEMIA NO SETOR

Nesta última Terça (29.03) foi realizado na Sede da Sociedade da Engenharia do RS (SERGS) um evento com foco no debate das consequências da pandemia e da guerra na Ucrânia para as empresas privadas da área da construção civil foram debatidas pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (SERGS). O evento tratou também do desequilíbrio da equação entre os valores dos contratos com União, estados e municípios, e as elevações sucessivas de insumos. O setor planeja a paralisação de obras públicas realizadas por empresas privadas caso não haja reajuste.

“Os índices já não estão mais refletindo a realidade dos custos" afirmou o presidente do Conselho Deliberativo da SERGS,  Luís Roberto Ponte. O Engenheiro lembrou a garantia prevista na Carta Magna e demais leis que embasam o pleito pelo equilíbrio entre os custos e valores de contratos já firmados.

Ricardo Portella Nunes, Vice-Presidente da FIERGS, reforçou que  “a pandemia desequilibrou o setor e veio a conta, agravada por uma guerra. Peças subiram 200% e custos com caminhões 100%. As empresas não estão mais aguentando. As obras não são para DAER, DNIT, DMAE ou Corsan. São para a população”. O mesmo frisou ainda a necessidade de uma “fórmula rápida e urgente” e que não passe do mês de abril, do contrário haverá paralisação nas obras.

Rafael Sacchi, Presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas Pavimentação e Obras de Terraplanagem em geral no Estado do Rio Grande do Sul (SICEPOT-RS) alertou que “a administração pública é alavancada pelo mercado particular. Não existe crescimento econômico sem avanço na infraestrutura em nenhum lugar do mundo”, citando ainda os altos custos como cimento e aço, que na pandemia chegaram a subir, respectivamente, 70% e 150%. Rafael colocou ainda que dessa forma, as empresas não conseguem pagar aos funcionários valores dignos pela execução dos trabalhos, defendendo reajustes mensais e não anuais em períodos de exceção como o caso da pandemia.

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